Já passava das nove e quarenta quando nos despedimos dos outros e seguimos em direção ao estacionamento. Meu pai tinha sido bem claro: eu precisava estar em casa às dez em ponto. É óbvio que revirei os olhos quando ele disse isso, afinal, quem ainda tem que obedecer a esse tipo de regra aos 17 anos? Mas, para minha surpresa, John pareceu aceitar a ordem sem questionar, como se achasse normal. Essa regra antiquada não parecia incomodá-lo nem um pouco.
Enquanto caminhávamos juntos, lado a lado, me peguei surpresa pela facilidade com que a conversa fluía entre nós. Tínhamos tanto assunto! Falamos sobre as apresentações da noite, relembramos momentos engraçados, e ele não parava de me elogiar. A cada palavra, meu coração dava um salto.
— Você estava incrível. — ele disse, com aquele sorriso que faz qualquer coisa parecer mais leve. — E linda, como sempre. Ah, e você dança tão bem... fiquei impressionado.
Eu tentava disfarçar o sorriso que insistia em crescer no meu rosto, mas era impossíve