O céu ainda chorava a morte do Jovem Wendigo. No cemitério silencioso, a terra recém-revolvida exalava um cheiro úmido, como se o mundo se recusasse a aceitar mais um corpo em sua escuridão.
Sabine estava ao lado de Andrey, mas distante em espírito. Não derramara uma lágrima. Seus olhos eram fendas duras de gelo e ódio. O vento lhe bagunçava os cabelos, mas ela não parecia sentir o frio. Era como se o próprio inferno estivesse latente sob sua pele.
Quando as últimas palavras do padre foram engolidas pelo som abafado das pás jogando terra, Sabine virou-se, encarando Andrey com um meio sorriso, um sorriso que não tinha nada de humano.
“ Sabe o que é curioso, Andrey?” ela disse se afastando com ele, sua voz soou baixa, mas carregada de veneno. ” Elvira e o delegado andam se comendo pelas beiradas.”
Andrey arregalou os olhos. Sabine riu, sem humor.
“ Eu senti o cheiro dela… Nele. E o cheiro dele… Nela. Misturados. Empapados um no outro como dois cães no cio. Me deu nojo. Mas também me deu