Lua narrando:
Quando chegamos na cidade, meu estômago já estava embrulhado. Não pelo caminho, nem pelo frio da manhã, mas por ter que fazer aquele papel ridículo de “duquesa apaixonada” ao lado dele. Eu estava lá só por um motivo: quebrar aquela maldita ligação. Era tudo pelo meu próprio bem, porque encarar o olhar dele me dava vontade de arrancar os próprios olhos.
E, claro, ele não podia simplesmente andar sem chamar a atenção. Wei era… bom demais para ser ignorado. Assim que atravessamos as ruas até a instalação onde ficaríamos hospedados, todas as mulheres nos olhares se voltaram para ele. Suspiros, cochichos, olhares de desejo. E eu? Eu quase vomitei de raiva.
— Credo — murmurei baixinho, passando um braço em volta dele de propósito — nem pense em me dar atenção para essas idiotas olharem.
Ele arqueou a sobrancelha, aquela expressão de sempre: indiferente, fria e perfeita, como se fosse a pessoa mais impenetrável do mundo.
— Eu não estou prestando atenção a elas.
— Não? —