Marina Salles
Meu corpo implorava, implorava de um jeito humilhante, carente, desesperado. Eu queria Dante dentro de mim. Queria sentir cada maldito centímetro dele me possuindo, invadindo, quebrando qualquer resto de sanidade que ainda me restava. Mas o desgraçado parecia determinado a me deixar à beira do colapso. E não de qualquer jeito — ele queria me ver suplicando.
A mão dele desceu de novo, dessa vez sem aviso, sem aviso nenhum. Dois dedos entraram de uma vez, fundo, e o gemidö que escapou da minha garganta foi puro instinto. Meus quadris se ergueram, minhas unhas agarraram o lençol como se eu estivesse tentando me ancorar, mas não havia chão ali. Só havia Dante.
— Isso... — ele rosnou junto ao meu ouvido — Grita meu nome, Marina. Me mostra o quanto precisa de mim.
— Dante... porrå... — minha voz saiu falha, embargada, tomada por um präzer que beirava o insuportável.
Ele acelerou. Os dedos se moviam com uma precisão cruel, certeira, como se ele já conhecesse meu corpo há anos.