Ana Luiza Martinelli
Assim que desliguei a ligação, voltei para o quarto e minhas amigas me encararam.
— Aposto que estava falando com o falecido que resolveu ressuscitar — Bea disse, e Rafa a olhou de cara feia.
— Ei! Não fala do meu irmão.
— Desculpa, Rafa, mas o seu irmão está parecendo uma mosca de padaria, *aff*! Ele acha que vai chegar, contar uma lorota qualquer e a minha amiga vai se render aos pés dele novamente. Duvido! A Ana está muito esperta e não vai cair em qualquer papinho.
Bea e Rafa iniciaram uma pequena discussão, e eu apenas deixei as duas pra lá e resolvi escolher uma roupa para sair mais tarde.
As duas pararam de discutir e me encararam.
— Por que está tão quieta? — Rafa perguntou, e Bea me encarou.
— Só estou escolhendo um look para a baladinha.
— Amiga, eu amo sair, mas você já viu a hora?
— Já, Rafa, não sou cega. Preciso de uma festa pra curtir, me jogar na pista, dançar até sentir que minhas pernas vão cair. Quero viver naquele ditado: “Mente vazia, copo che