Caminhar até o altar com o braço do meu irmão entrelaçado ao meu era como flutuar entre memórias e promessas. Os olhos de Enzo se encontraram com os meus, e ali, naquela troca silenciosa, tudo fez sentido. O mundo inteiro desapareceu restamos apenas nós dois, como se todo o universo tivesse se recolhido para nos dar espaço.
Meus dedos tremiam sobre o buquê. O som do violino preenchia o salão, ecoando como uma trilha sonora perfeita para o que vínhamos construindo há tanto tempo. Quando enfim cheguei ao altar, Gabriel me entregou com um beijo carinhoso na testa, e Enzo segurou minha mão com uma delicadeza que fazia o coração querer explodir.
Ele estava lindo. Mais do que isso. Estava... radiante. Os olhos brilhando, os lábios curvados num sorriso torto que eu conhecia tão bem.
— Você está linda — sussurrou, curvando-se levemente até meu ouvido.
Sorri. Mas foi o que ele disse em seguida que me fez arregalar os olhos.
— Mal posso esperar pra arrancar esse vestido com os dentes.
O calor s