Sua voz era mais baixa agora, quase um sussurro. A pergunta me pegou desprevenida. Fechei os olhos por um breve momento, sentindo aquela dor antiga ameaçar ressurgir. Quando os abri novamente, encarei-o com firmeza.— Não sei. — Admiti e, então, me levantei. — Mas isso não importa agora. Temos trabalho a fazer, e é isso que vou focar. Antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, me virei e saí da sala. Minha expressão permaneceu inabalável, mas meu coração batia mais forte.Tentei ao máximo me concentrar no trabalho, mas minha mente insistia em reviver cada detalhe do nosso encontro. Eu odiava o efeito que ele ainda tinha sobre mim, e isso só me irritava mais. Afundei na papelada sobre minha mesa, analisando contratos e revisando relatórios. Se existia algo que me fazia esquecer dos problemas, era me perder no trabalho. Mas, mesmo assim, a cada intervalo entre um documento e outro, minha mente vagava para os olhos de Enzo, para a forma como ele me olhou, como se ainda tivesse algu
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