Festa de criança é insana. Várias crianças corriam de um lado a outro vestidas de super-heróis, gritando, enquanto os pais bebiam sem se importar se o filho ia quebrar uma perna ou um braço, e as mães ficavam desesperadas. Eu apenas observava tudo horrorizado. Acho que não estou preparado para esse papel de pai.
Finalmente a festa encerrou e a paz voltou à casa. Fábio Júnior dormiu, e meus amigos se juntaram a mim. Abrimos uma cerveja e ficamos conversando sobre assuntos aleatórios.
— Como vocês aguentam? — perguntei enquanto abria outra cerveja.
— Aguentam o quê? — minha amiga perguntou.
— Um bando de crianças gritando de um lado a outro, fazendo a maior bagunça.
— Isso faz parte da missão de ser pais — Fábio disse, sorrindo, e Tati concordou.
— Isso não é pra mim.
— Você diz isso porque ainda não tem o seu.
Continuamos bebendo, e Fábio levantou e voltou com uísque, gelo de coco, Coca-Cola e energético.
— Vamos relembrar os velhos tempos?
— Isso aí, Fabão! — sorri animado.
— Enzo, ma