Quando abri meus olhos, já era dia.
O quarto estava minimamente iluminado, mas dava para ver a luz do sol pela fresta da cortina.
Me ajeitei na maca, me sentando vagarosamente, sentindo a minha cabeça latejar e então, vi uma silhueta se mover na minha frente.
—Como está se sentindo? – Perguntou David, me pegando de surpresa.
—Senhor Miller, por que está aqui? – Perguntei o vendo soltar um riso.
—É engraçado ouvir um senhor Miller primeiro, ao invés de David. – Disse ele se aproximando, levando a mão até a minha testa. —Você parece bem agora.
—Desculpa pelo trabalho que estou te dando. Você deveria estar trabalhando.
Ele riu.
—Hoje é domingo. Nem se eu quisesse! – Disse ele com humor.
Eu nunca o vi assim antes; com a voz calma, roupas comuns.
Era novo para mim.