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Capítulo 04 - Ponto Fraco

Gringas…

Sempre foram meu ponto fraco. Principalmente as brasileiras.

Adoro elas.

Minha nova secretária… uma delícia de mulher. Cinco anos mais jovem que eu, cheia de curvas.

Evito o máximo que posso. Basta olhar pra ela e fico duro.

Ela é extremamente inteligente. Profissional. Um pouco desastrada.

E o Hyun adora pegar no pé dela.

Vou ter que lidar com isso.

Meus pensamentos são interrompidos pelo toque do celular — uma ligação que eu não estava a fim de atender.

Olho para o vidro. Faço questão de deixar as cortinas abertas, só pra vislumbrar a paisagem deliciosa à minha frente.

Hoje, ela está irresistível: um vestido rosado justo, cabelo preso em um coque e um batom combinando com o tecido.

Exigi que, todos os dias, antes que eu chegasse, ela deixasse tudo pronto.

Digo que é por organização.

Mas a verdade é outra: só assim consigo me embriagar com o cheiro floral suave do perfume dela, que fica impregnado na sala assim que ela sai.

Eu ainda estava perdido nos meus pensamentos, observando Anne pela parede de vidro.

Ela se movia com leveza, ajeitando papéis, conferindo detalhes, sem saber que cada gesto dela me distraía.

Suspirei. Gringas… sempre o meu ponto fraco.

Principalmente as brasileiras.

Foi então que a porta se abriu bruscamente, e Hyun entrou como um furacão.

Sem pedir licença, atravessou a sala, foi direto até a janela e fechou a cortina com um puxão.

— Vou ter que comprar um babador pra você, hyung¹ — provocou, com aquele sorriso irritante.

— O quê? — perguntei, franzindo o cenho.

— Se você pelo menos disfarçasse… — Hyun apontou para a cortina recém-fechada.

Revirei os olhos e afrouxei a gravata.

— Hyun, eu estava apenas analisando o desempenho da nova funcionária.

— Aham. “Analisando o desempenho”. Do pescoço pra baixo, né?

Respirei fundo.

— Vá trabalhar.

— Já estou — respondeu, rindo. — Tentando salvar sua reputação.

— Você devia pelo menos fingir que tá olhando um relatório — disse Hyun, jogando um papel na minha mesa.

— Eu estava — respondi, sem levantar os olhos.

— Claro. Um relatório de curvas né?

Revirei os olhos.

— Não tem graça.

— Pra mim tem — ele riu. — Quer que eu peça pra ela usar algo menos chamativo?

— Se fizer isso, eu te demito.

Hyun parou já na porta, ainda com o mesmo sorriso debochado de sempre.

— A propósito — disse, ajeitando o paletó como quem solta uma bomba casual —, a Nayeon está tentando falar com você e não consegue. Por que não atende ela, hein?

Revirei os olhos.

— Já vou retornar — respondi, seco.

— Você precisa resolver isso, Yong. — Ele se encostou na mesa, cruzando os braços. — Não dá pra continuar fingindo que tá tudo bem.

— Resolver o quê? — perguntei, seco.

— O casamento, óbvio. — Hyun deu um meio sorriso irônico. — A imprensa, os acionistas, a sua mãe… todo mundo tá esperando o anúncio oficial.

Suspirei. — As coisas não andam. Ela ainda não caiu na real.

— Bom, você já tem trinta anos. Precisa casar. — O tom dele era provocativo, mas também preocupado.

— Não vou me casar com ela.

— E com quem, então? — Hyun arqueou a sobrancelha, já imaginando a resposta.

Fiquei em silêncio por alguns segundos, olhando pro vidro.

— Ah, não — ele bufou. — Nem pense nisso!

— Não! Não é isso, caramba, Hyun. É que você não curte mulheres, então não entende — falei, gesticulando, irritado. — É difícil ver uma mulher como a Anne e não querer…

Hyun me cortou, erguendo a mão no ar. — Não! Não mesmo! É a sua secretária, Yong!

— E daí? — perguntei, tentando disfarçar o sorriso.

— E daí que você vai colocar tudo a perder se misturar as coisas. — Ele se aproximou e falou mais baixo, como se alguém pudesse ouvir. — Faça um favor a si mesmo: olhe pra ela e finja que é um homem na sua frente.

Revirei os olhos. — Fácil falar pra quem não tem os mesmos impulsos.

— Impulsos? — Hyun ironizou. — Isso tem outro nome: problema. E você tá prestes a arrumar um bem grande.

Fiquei em silêncio, com o olhar fixo na janela. A cidade se movia lá fora, indiferente ao caos que ela causava dentro de mim.

— Yong, eu tô falando sério — insistiu Hyun. — Você tem uma reputação a zelar. Um escândalo agora seria tudo o que a concorrência precisa pra te derrubar.

Revirei os olhos. — Eu sei me controlar.

— Ah, sei… — ele riu, sarcástico. — Controlado igual aquele dia em Busan, quando quase beijou a intérprete da reunião.

— Aquilo foi diferente.

— Foi. Porque agora você tá olhando pra Anne como se ela fosse um desafio, não uma mulher. — Hyun balançou a cabeça. — E acredite, isso é pior.

Não respondi. Peguei a caneta sobre a mesa e comecei a girá-la entre os dedos, tentando ignorar o incômodo na nuca — o tipo de incômodo que vem quando alguém diz algo que você prefere não admitir.

— Enfim — Hyun suspirou. — A Nayeon não vai esperar pra sempre.

— Não pedi que esperasse.

— Mas também não teve coragem de terminar.

— Ela merece mais do que um homem que não a ama — falei baixo, sem encará-lo.

— Então pare de agir como se tivesse um, e seja um. — Ele me lançou o olhar mais sério que já vi. — Antes que isso saia do controle.

Hyun virou as costas e saiu da sala, deixando a porta entreaberta.

Fiquei sozinho, o silêncio voltando a preencher o espaço.

Dei um gole no café já frio, olhei novamente pela janela e vi Anne lá embaixo, rindo de algo com a recepcionista.

Senti o estômago revirar.

Droga.

“Olhe pra ela e finja que é um homem na sua frente.”

Boa sorte com isso, Yong.

¹ Hyung é como coreanos chamam homens mais velhos de forma próxima (como primos ou irmãos).

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