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Capítulo 03- Quem manda aqui

Cheguei em casa quase nove da noite, completamente esgotada.

O trabalho na sede da Coreia era, no mínimo, três vezes mais puxado que na filial do Brasil — o que, convenhamos, explicava perfeitamente o salário mais alto. Eu realmente trabalhava mais. E mais. E mais.

O vice-presidente,passou o dia inteiro me dando ordens, uma atrás da outra. Eu não conseguia nem respirar. Fui ao banheiro correndo, uma única vez, e só consegui tomar água depois que ele virou as costas e me “esqueceu” por alguns minutos. Almocei às quatro da tarde. Em pé.

Meu chefe — Lee Yong — não deu as caras o resto do dia. Fiquei a tarde toda com o vice, que, apesar de rígido, me fez aprender tudo o que eu precisava. E, pelo menos, parou de reclamar.

Mas quando cheguei em casa…

Nossa. Parecia que um caminhão tinha passado por cima de mim.

Tomei um banho rápido, coloquei meu baby dool de cetim preto — e me joguei no sofá com uma tigela de miojo na mão. Era isso ou desmaiar de fome.

Fechei os olhos, exausta.

E foi aí que a imagem dele apareceu.

Terno perfeitamente alinhado.

Pele impecável.

Perfume que poderia ser engarrafado e vendido como feitiço.

Cabelos pretos, levemente desalinhados. Traços marcantes.

O maxilar bem desenhado, os lábios definidos…

O tipo de beleza que deixaria qualquer um sem palavras.

Meu chefe era… um deus grego de olhos puxados.

Lee Yong.

Presidente da Crystal Joias.

Inteligente. Temido. Respeitado.

E jovem.

Tão jovem que dava vontade de perguntar se ele estava ali como estagiário.

Foi aí que entendi os boatos.

Lee Yong cresceu dentro da empresa.

Era filho único do fundador da Crystal Joias. Desde pequeno, acompanhava o pai nas reuniões e decisões importantes da empresa. Era o herdeiro direto — e desde cedo foi moldado para isso.

Mas a sucessão foi antecipada.

O pai ficou doente e precisou se afastar para cuidar da saúde.

Lee Yong assumiu o cargo mais alto da empresa

E, pra surpresa de muitos, manteve tudo funcionando perfeitamente. Lee Yong não era apenas bonito — era um prodígio. Formado em Administração com ênfase em Estratégia Global pela Seoul National University e dono de um MBA em Finanças pela Wharton School, nos Estados Unidos. Fluente em três idiomas. Assumiu a presidência da Crystal Joias aos 25 anos. Um gênio precoce… e agora, meu chefe.

Ele não sorria.

Não dava brecha.

Era direto, frio, perfeccionista.

E ainda assim, impossível de ignorar.

Como, exatamente, eu vou conseguir trabalhar ao lado desse homem sem me apaixonar?

Porque, sinceramente, eu não sei como não me sentir atraída por ele.

Escorreguei minha mão para dentro da calcinha tocando suavemente meu ponto sensível, imaginando a boca dele explorando cada canto do meu corpo.

O prazer veio explosivo ,arrebatador. Mordi os lábios tentando conter o gemido que ameaçava escapar, sentindo meu corpo estremecer sob a fantasia dele me tocando. Meus dedos se moveram em um ritmo que combinava com as batidas do meu coração acelerado, como se meu corpo soubesse exatamente o que ele faria se estivesse aqui.

Não percebi quando o sono chegou. Acordei com o celular vibrando, jogado ao meu lado. Adormeci ali mesmo no sofá, com a imagem dele ainda queimando na minha mente.

Me levantei, tomei um banho longo e me arrumei com mais atenção do que o normal. Escolhi um vestido rosé, justo, quatro dedos acima do joelho. Sim, eu queria provocar que se dane se meu corpo não estava nos padrões,queria chamar a atenção do meu chefe, mesmo que ele sequer piscasse na minha direção.

O vestido de manga curta abraçava meu corpo como uma segunda pele, então finalizei com um blazer off-white para equilibrar a ousadia com um toque profissional. Calcei meu escarpim da mesma cor do vestido, delicado e elegante. Prendi o cabelo em um coque firme, deixando a franja desfiada cair levemente sobre a testa. Caprichei na maquiagem, leve, e no perfume floral — suave, mas inesquecível.

Na empresa, arrumei a minha mesa com zelo, abrindo o notebook e organizando meus papéis. Em poucos minutos, um cheiro familiar invadiu o ambiente.

O perfume dele.

Cedro ambarado, intenso, misterioso, másculo. Um aroma que me embriagava de desejo toda vez que o sentia. Aquele homem ainda ia me matar do coração.

Senti minha calcinha molhar .

— Bom dia, senhorita Anne — disse a voz firme e grave atrás de mim.

— Bom dia, senhor Lee — respondi, tentando soar neutra.

Ele entrou em sua sala sem sequer me encarar… mas, segundos depois, voltou.

— Senhorita Anne, faça o favor — disse, sério.

Gelei. O que foi agora?

Levantei devagar, tentando controlar o nervosismo, e entrei. Ele estava de pé, encostado na mesa. Por um breve instante, antes que meus olhos desviassem, notei o volume em sua calça social bem cortada. Meu rosto esquentou.

Ele me analisou de cima a baixo, respirou fundo e disse, ríspido:

— Por que não arrumou meus papéis? Nem trouxe minha água, meu café… e meu computador nem está ligado.

— É que o… o senhor Lee… me disse que eu não deveria mexer nas suas coisas — gaguejei.

Ele se aproximou um passo e respondeu firme:

— Quem é o seu chefe, senhorita Anne?

— O senhor, senhor Lee.

— Então quem manda aqui?

— O senhor.

— Então, a partir de hoje, ligue meu computador. Arrume meus papéis. Traga minha água, meu café… e molhe a minha orquídea negra — disse, apontando para o vaso elegante na lateral da sala.

— Sim, senhor.

Na volta para a minha mesa, ainda tentando processar a tensão daquele momento, dei de cara com Lee Hyun — parado, atônito, com os olhos arregalados me encarando de cima a baixo.

— Bom dia, Hyun— disse, quase sorrindo.

Ele continuou me olhando como se tivesse visto um eclipse solar. Não respondeu. Só piscou. Uma vez.

Eu acho que consegui chamar atenção.

Lee Hyun saiu da sala do presidente com o olhar me fuzilando. Parou na minha frente e bateu a mão na mesa.

— Escute aqui. Se você pensa que bajulando o chefe vai conseguir algum benefício a mais, está enganada.

Respirei fundo.

— Não estou bajulando. Estou fazendo meu trabalho. No Brasil isso era uma obrigação minha. Só estou dando continuidade.

Ele apertou os lábios e saiu, furioso.

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