O espelho de prata estava quieto demais.
Desde que o vínculo fora selado com Cael, Isadora sentia algo vibrando atrás da superfície polida — como se o vidro escondesse um mundo pulsando logo além do véu. Ela evitava olhar por muito tempo, mas naquela noite, não conseguiu resistir.
A marca em seu ombro queimava. Não com dor, mas com um chamado.
E então, o espelho brilhou.
Uma onda de luz prata a envolveu, e antes que pudesse gritar ou correr, foi sugada para dentro.
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Ela caiu sobre o chão frio e branco como névoa sólida. O ar era denso e vibrante, carregado de energia ancestral. A névoa que envolvia o ambiente não impedia que ela visse — era como se a própria memória do mundo estivesse condensada ali, sussurrando histórias.
À sua frente, colunas gigantescas de mármore lunar erguiam-se até um teto que não existia. Acima delas, apenas céu — um céu preto pontilhado de estrelas roxas e douradas, como se estivesse dentro de um universo esquecido pelos deuses.
No centro do templo, uma fonte