Não sei o que se passa por sua mente naquele momento, mas acredito que seja algo terrível, que lhe causa dor e desespero, pois sua respiração se altera, e ele ofega, apertando ainda mais os dedos contra o pobre estofado. Falar do meu irmão talvez traga lembranças de seu próprio passado.
— Max… — chamo sua atenção, e seus ombros relaxam quando seus olhos recaem sobre mim. Aperto os lábios, querendo compreendê-lo, mas sei que ele não permitiria, então me mantenho em silêncio.
— Continue. — Ele apoia a mão sobre a testa.
— Quando meu pai faleceu, Russo assumiu o poder e fez muitas mudanças. Ele matou muitos homens que não concordavam com seus métodos e criou seu próprio exército. Tentou me vender no momento em que completei dezoito anos, mas minha mãe não permitiu. Por incrível que pareça e apesar de tudo que ela fez a ele, ele ainda a respeitava, ou fingia que respeitava. Como ela estava doente, não quis contradizê-la. O câncer a consumia dia após dia, e ele sabia que ela morreria em br