Já se passou um mês desde que voltamos da Rússia e finalmente consegui retomar minhas atividades depois de ser obrigado a manter semanas de repouso, mas a sensação de estar atrasado em relação aos problemas me consome. Nunca tive paciência para ser um mero espectador enquanto outras pessoas fazem o meu trabalho, e agora não seria diferente.
Dante, por outro lado, parece ter adotado o ritmo de um furacão. Desde que voltamos, raramente o vejo em casa. Sua agenda ficou lotada de compromissos, e nossa rotina, que já era caótica, foi empurrada para o limite com uma recente descoberta: soldados interceptaram um contêiner não identificado. O tráfico humano tem sido uma grande dor de cabeça.
Esse tema, em particular, tornou-se o pesadelo mais recorrente das últimas semanas. É uma rede sombria e intrincada que parece estar sempre um passo à nossa frente. E, como de costume, sinto a responsabilidade de resolver tudo pesando diretamente sobre os meus ombros.
Quando Dante anunciou uma reunião de