MaxAbro a porta do meu quarto, indicando que ela entre, mas ela hesita, me observando com olhos arregalados, cheios de medo e incerteza.— Mezhdu![1] (Entre) — Digo em russo, após me lembrar de que ela não entende tão bem o italiano. Minha voz é firme, mas não agressiva, tentando transmitir uma autoridade que espero que a faça se mover.Com relutância, ela dá um passo para dentro. Assim que ela cruza a soleira, fecho a porta e tranco, guardando a chave no bolso da calça. O som do trinco é quase ensurdecedor no silêncio tenso que nos envolve.Caminho até o closet, onde guardo minha arma no cofre. Enquanto faço isso, retiro minha camisa, tentando acalmar a raiva que ainda pulsa em minhas veias. A acusação dela foi um golpe baixo, uma linha que jamais pensei que alguém cruzaria. Respiro fundo, tentando expulsar o veneno da ira que ameaça me consumir.Ao voltar para o quarto, vejo que Anijah permanece onde estava, uma estátua de medo e desafio. Seus olhos, embora assustados, não desviam
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