Max
O soco no meu estômago fez o sangue que se acumulava em minha boca pingar sobre o chão. Royal estava ao meu lado, tão machucado quanto eu, e isso me incomodava. Ver meu irmão naquelas condições por minha culpa me irritava.
— Fracos! Vocês são fracos. Nem a morte daquela vadia que vocês chamavam de mãe torna vocês fortes. — Grita, e a memória de horas atrás me atinge.
A mulher ajoelhada à minha frente me encarava com desespero. Seu marido cometeu o erro de trair Donatel, de não pagar as dívidas para a família, e isso era imperdoável. Royal já havia feito o seu trabalho, havia puxado o gatilho, havia matado o homem que se encontrava aos seus pés.
— Por favor, poupe a minha vida! — A mulher implora aos pés de Donatel, e o seu desespero me incomoda, pois ela parecia querer proteger algo.
Odiava ser o lixeiro, odiava ter que limpar territórios em nome de Donatel, ter que tirar vidas inocentes apenas para mostrar o seu poder.
— Atire! — Ordenou e não hesitei em apontar minha arma para a