Capítulo 237
Ruth Collins
Quando os convidados começaram a sair, os carros foram desaparecendo pelo portão principal e o eco das vozes se dissipou pelos corredores, a casa dos Jones voltou a respirar em silêncio. Aquele tipo de silêncio que pesa, que denuncia o fim de uma encenação.
Soltei um suspiro e tirei os saltos — meus pés latejavam como se gritassem por liberdade. As risadas falsas e os olhares avaliadores ainda ecoavam na minha cabeça. Por trás de cada taça erguida, havia uma ameaça mascarada.
Do alto da escada, vi Mason conversando com Albert. O contraste entre eles era quase cômico: o olhar firme e prático de um assassino diante do sorriso diplomático de um mafioso experiente. E no meio disso, um detalhe pequeno e luminoso — Grace, no colo de Mason, rindo de alguma coisa que só as crianças entendem.
Desci os degraus devagar, ajeitando o vestido.
— Vocês vão pra casa hoje, senhor Hart? — perguntei, parando perto deles.
Mason levantou o olhar, sempre educado, mas direto