O mar se estendia tranquilo naquela manhã, como uma lâmina de prata polida. Bruna caminhava descalça pelas tábuas quentes do restaurante de Jae-Hyun, ajustando as flores nas mesas, como sempre fazia desde que passara a dividir seus dias com ele ali. Vestia um vestido leve, de linho cru, que balançava suavemente com a brisa salgada que vinha do mar. Os cabelos, soltos, dançavam como fitas ao vento.
O restaurante começava a encher com o movimento típico do meio-dia: turistas bronzeados, moradores antigos da vila e, claro, os aventureiros solitários que passavam por ali em busca de algo que nem sabiam nomear.
Bruna sorria, gentil, a todos. Mas havia um homem naquela manhã que não tirava os olhos dela. Ele estava sozinho, sentado na mesa mais afastada, próximo ao parapeito onde o oceano espirrava gotículas finas. Um olhar claro, curioso, e um sorriso enviesado que logo se transformou em convite.
Ela percebeu, claro. Estava acostumada àqueles olhares, mas