O caminho de volta até a casa parecia mais curto, mas Bruna andava devagar, os pés descalços sentindo a textura morna da areia misturada com pequenas pedras. O corpo ainda vibrava em ondas silenciosas, resquícios de tudo o que havia vivido minutos antes. Cada toque, cada respiração orientada, cada olhar de Gabi e Luca, agora reverberavam nela como uma sinfonia secreta.
Quando abriu a porta de casa, sentiu o aroma fresco do alecrim que costumava queimar nas noites tranquilas, misturado ao perfume amadeirado de Jae-Hyun.
Ele estava ali, na varanda, de costas para ela, apoiado na rede, com um copo de vinho entre os dedos longos e firmes, olhando o mar negro e silencioso, onde só o reflexo das estrelas quebrava a monotonia da noite.
Bruna ficou alguns segundos parada, contemplando a cena como quem precisa ancorar-se antes de atravessar uma ponte invisível.
— Hey… — chamou, com a voz mais baixa do que o habitual, como se quisesse preservar o silên