O sol da manhã infiltrava-se preguiçoso entre as frestas das persianas de madeira, desenhando faixas douradas sobre os lençóis desalinhados e os corpos ainda entrelaçados. Bruna foi a primeira a despertar. Sentiu a pele aquecida pelo calor do quarto e o toque suave da mão de Jae-Hyun repousada sobre sua cintura nua, como uma âncora que a mantinha ali, presente, mesmo no torpor da vigília.
Virou-se devagar, acomodando-se de lado, e observou o rosto dele por um instante — os traços serenos, o contorno firme da mandíbula, os fios de cabelo negros ligeiramente desalinhados que caíam sobre a testa. Sorriu silenciosa, com aquele contentamento discreto de quem sabe que está vivendo algo raro, precioso, mas não precisa dizer nada.
Com cuidado, deslizou-se para fora da cama, sentindo os músculos ainda preguiçosos e uma leve dor, um ardor sutil nas curvas do corpo, como uma lembrança silenciosa do que haviam vivido na noite anterior.
Parou diante do espelh