A música continuava vibrando ao redor da fogueira, embalada pelos risos e pelas vozes misturadas ao estalar das chamas e ao rumor contínuo das ondas quebrando suavemente na areia. Mas para Bruna e Jae-Hyun, aquele som parecia cada vez mais distante, como se o mundo à volta fosse apenas um pano de fundo borrado, irrelevante diante da força silenciosa que os atraía um para o outro.
Ele segurou a mão dela com naturalidade, entrelaçando os dedos como se fossem duas partes que sempre se pertenceram, e a puxou suavemente para fora da roda de dança. Bruna o seguiu sem hesitar, sentindo o calor da pele dele invadir a sua, enquanto caminhavam em silêncio pela areia fria e fofa, afastando-se das luzes, das pessoas, das vozes, até que tudo ficou para trás — apenas o mar, o céu estrelado e o brilho prateado da lua testemunhavam aquele afastamento cúmplice.
Caminharam por alguns minutos, lado a lado, os pés descalços afundando na areia úmida, as respirações ainda acelerada