ecos da ruína

As árvores se tornavam mais antigas à medida que avançavam. Troncos espessos, tortos, com a casca escura e úmida como se ainda respirassem. Havia musgo cobrindo quase tudo. E um silêncio que deixava o sangue grosso nas veias.

Selena parou e olhou para trás.

— Sente isso?

Rurik farejou o ar.

Sim. Algo ali estava errado.

Não um perigo imediato, mas uma presença. Um rastro de coisas mortas que ainda sussurravam.

— Estamos perto — disse ele. — O cheiro muda. A terra aqui fede a passado.

Ela se agachou, tocando o solo com os dedos nus.

A magia vibrou. Arcaica. Selvagem. Pura.

E ao mesmo tempo... impura como um pecado repetido por gerações.

Selena se levantou devagar.

— As ruínas não foram esquecidas. Foram escondidas.

Rurik olhou para ela.

— Você está lembrando?

— Sim. E não é bom.

Caminharam mais uns metros. O chão começou a afundar, e pedras antigas surgiram como ossos expostos.

Uma escadaria quebrada levava para dentro da colina.

A entrada era estreita, quase sufocante.

Mas algo ali os
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