O cheiro forte do tônico ainda pairava no ar enquanto descíamos até o subterrâneo. A pequena sala, escavada sob as raízes da floresta, parecia mais escura do que de costume, como se soubesse o que ia acontecer ali.
O prisioneiro, meu pai, estava amarrado na cadeira, o corpo ainda se mexendo levemente conforme o efeito do tônico se espalhava. Gabi se aproximou primeiro, observando a pele dele suar e as pupilas dilatarem. Era sinal de que a mistura começava a fazer efeito.
Eu fiquei a poucos passos de distância, observando. Alex e Lord preferiram se encostar nas paredes, mas eu sabia que, se fosse necessário, eles atravessariam a sala em segundos.
— Vai começar — Gabi murmurou para mim, com um meio sorriso que não escondia a tensão.
Ela se ajoelhou à frente dele e falou num tom neutro:
— Me diga… por que você usou a adaga?
O homem estremeceu. Suas pálpebras tremularam antes de se abrir completamente. Por um segundo, vi confusão, depois uma entrega forçada, como se seu corpo estivesse tr