Minha lobinha quer brincar.
E eu também quero.
A adrenalina pulsa em minhas veias enquanto escuto o som ágil de suas patas contra o solo. Ela está tentando me despistar, alternando direções de propósito. Meu lobo solta um ronronar satisfeito. Nossa parceira é esperta.
Mas não o suficiente para fugir de mim.
Ela corre em direção ao rio, tentando esconder seu cheiro na água. Tolinhas, ela e sua loba.
Sou tão obcecado pelo seu cheiro que o reconheceria em qualquer circunstância.
Ela pode até tentar fugir, mas nunca poderá se esconder de mim.
— Estou perto, lobinha. — minha voz invade sua mente, um aviso carregado de promessa.
— E vai me comer quando me encontrar?
Droga.
Meu controle se esvai em um único segundo.
Ela sabe exatamente o que está fazendo, sabe que essa provocação me leva ao limite. Eu quero Zoe. Quero mais do que tudo nesse mundo.
Mas a maldição ainda me ronda.
Se ela tiver um filho meu, ela morre.
O pensamento é como uma lâmina fria rasgando minha pele.
Quero ser pai, mas n