Ele me encontrou sentada nas pedras ao lado da clareira, onde o som do rio era só um sussurro ao longe. A fogueira do centro ainda estalava baixo, como se ecoasse os restos de tudo o que vivemos nas últimas semanas. O céu estava pintado em tons de rosa desbotado, e o silêncio parecia mais um convite do que um vazio.
Ouvi os passos antes de vê-lo. A passada firme, ritmada, que eu reconheceria em qualquer lugar do mundo.
— Achei que te encontraria aqui — disse Elian, com aquele tom de voz entre a calma e a certeza. Como se ele sempre soubesse onde eu estava, mesmo quando eu me perdia de mim.
Virei só um pouco o rosto, o suficiente para vê-lo se abaixar ao meu lado. A barba dele agora estava mais grisalha do que eu lembrava. Os olhos ainda tão intensos quanto os de um alfa, mas mais suaves comigo. Sempre foram.
— Você sempre acha.
Ele sorriu. Aquele sorriso que sempre veio depois de um dia longo, quando eu era só uma menina confusa, tentando parecer forte demais. E ele só esperava, até e