Levantei devagar, levando o pergaminho comigo. Me aproximei do vitral, deixando a luz colorida tocar minha pele. O vidro formava o desenho de uma loba envolta por círculos — círculos de proteção, de ciclos, de eternidade.
Pensei no que estava escrito no mapa. “O altar nunca foi só altar. O elo começou ali.”
O altar.
A primeira vez que pisei ali depois de tantos anos, eu senti. Não era só energia — era como um reconhecimento. Como se o chão soubesse quem eu era antes de mim. Como se cada pedra tivesse memorizado minha presença, mesmo quando eu ainda era pequena demais para entender qualquer coisa.
Agora fazia mais sentido.
Se o elo começou ali, se foi naquele espaço sagrado que a adaga foi usada para corromper, talvez fosse ali também que tudo pudesse ser refeito. Mas para isso… para isso eu teria que voltar. E encarar.
Ele.
Meu pai.
Não gosto de chamá-lo assim. Pai não é só sangue. Pai é quem permanece. Quem protege. Quem ensina a amar sem medo. E ele… ele foi ausência. E, quando pres