O campo da floresta estava mergulhado em fumaça, sangue e gritos. As árvores queimavam como tochas negras e a terra tremia sob patas e pés apressados. Damon sangrava no chão, cercado por guerreiros de Lykar, caído em meio à armadilha montada com crueldade. Seu corpo doía, mas a dor era pequena comparada à sensação de perda que rasgava sua alma.
Então, um uivo atravessou a noite.
Não era um som comum. Era uma voz ancestral, poderosa, como se a própria Lua gritasse por sangue. Era um uivo que fazia os lobos se calarem e os corações baterem mais rápido. Um uivo que nenhum guerreiro jamais ousaria imitar.
Do alto do rochedo, emoldurada pelo brilho da lua cheia, surgiu ela.
A loba branca.
Gigante. Imponente. Sagrada.
Aurora.
Seus olhos dourados incendiavam a escuridão. Seu corpo reluzia como prata sob as chamas ao fundo. E quando ela desceu com um salto de fúria, a floresta estremeceu. O impacto rachou pedras. O chã