A madrugada caiu como um presságio.
Nenhuma estrela no céu.
A fogueira dos exilados mal queimava. Othar dormia em vigília. Damon estava próximo de Kai, deitado ao lado do filho, finalmente em paz por uma única noite. Mas a paz — como tudo naquela história — estava prestes a ser rasgada.
Três vultos se moviam entre as árvores. Escondidos. Treinados para não fazer ruído algum. Lobos de Lykar, enviados por Agnes, que havia dito com veneno na boca:
— Tragam o filho do Alpha. Quero o sangue da Luna nas minhas mãos. Mesmo que ela não lembre… o instinto vai matá-la por dentro.
O ataque foi rápido.
Um dos guardas foi degolado sem tempo de gritar.
O outro, flechado na nuca.
Damon acordou com o som do vento diferente. Quando virou para o lado, a coberta de Kai estava vazia.
Um grito brutal explodiu da garganta dele.
— KAI!!!
Correu. O coração batia como tambor de guerra. O lobo dentro dele rugia, querendo romper a pele. Os olhos brilharam. O corpo se deformava com cada passo.
— KAAAAAIIII!!!
Ma