Ponto de Vista da Maria
Com um aperto no estômago, observei o homem permanecer na mesma posição em que havia caído. Conforme os segundos passavam sem nenhuma mudança, comecei a temer que o tivesse matado.
Isso era péssimo. Não, nem isso. "Péssimo" era pouco, porque se ele morresse seria catastrófico — para mim e para minha espécie.
Desde muito jovens, nos ensinaram a ser vigilantes em nossas interações com humanos. Mal tínhamos vencido a guerra contra os Caçadores, e ninguém tinha certeza se conseguiríamos fazer isso novamente se eles se reagrupassem e tentassem uma segunda vez.
Então, discrição era fundamental, e um homem morrendo por causa de um simples empurrão não era a melhor manifestação disso.
Eu podia sentir os olhares dos outros dançarinos sobre mim, seus movimentos há muito esquecidos enquanto suas vozes chegavam aos meus ouvidos, apesar da música ensurdecedora.
— Ela acabou de... empurrar ele?
— Merda, ele não está se mexendo.
— Eu vi tudo. Ela claramente disse não e ele ain