Verdades Que Queimam
Acordei com o coração pulsando como se tivesse corrido por entre as árvores da floresta. Havia algo no ar — um sussurro, uma vibração que atravessava as paredes da mansão como uma canção esquecida retornando de um tempo antigo.
Lunara estava desperta. Atenta. Faminta.
Descemos para o salão cerimonial pouco antes do nascer do sol. Lúcia e Kaled já estavam ali, preparando os elementos para o ritual de purificação. O cheiro de ervas queimando e flores noturnas tomava o ar como um perfume místico. O chão estava desenhado com runas lunares, e no centro havia um círculo feito de sal negro e pétalas prateadas.
Rafael foi o primeiro a entrar no círculo. Vestia um manto vinho, o símbolo de Zahor brilhando em seu peito como fogo vivo. Seus olhos estavam ainda mais intensos, como se a Lua habitasse dentro deles.
Marco veio logo em seguida. Seu corpo nu da cintura para cima, com as marcas do alfa expostas. A energia ao redor dele era bruta, densa, selvagem. Mas ao cruzar o ol