🌗 Capítulo 66

Rumo à Lua Rachada

Passei a noite entre espelhos de água e sombras em vigília.

A clareira da Irmandade parecia respirar, como se a própria floresta soubesse o que estava por vir.

O Encontro da Lua Rachada não era um lugar — era um rito antigo, marcado no espaço onde sangue e desejo se encontravam para decidir o rumo de uma alcateia.

Minha barriga crescia.

Não o bastante para pesar meu corpo, mas suficiente para marcar minha alma.

O ser em mim agora se movia com vontades próprias.

E Selyra… minha loba… não dormia mais.

> “Que ele venha.”

> “Que veja o que recusou.”

> “Que sinta o que perdeu.”

Maelis colocou diante de mim um manto antigo.

Era tecido da Noite das Estrelas Mortas.

Rico, prateado, entrelaçado com fios escuros que pareciam sugar a luz.

Costurado à mão pelas primeiras Filhas da Lua.

— Esse era o manto de Serya — disse ela.

— Não sou minha mãe.

— Não.

É mais.

Ela me ajudou a vestir.

Me olhou com um misto de temor e orgulho.

— Está pronta?

Respirei fundo.

— Pronta não é a pala
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