Entre o Alfa e o Supremo
Na manhã seguinte ao Despertar, o mundo parecia diferente. Meus olhos enxergavam nuances que antes não existiam — veios de energia pulsando sob a terra, o brilho das emoções nos rostos das pessoas, o rastro de intenções ocultas na brisa. Cada som, cada cheiro, cada sensação vinha carregado de significado. Eu não era mais apenas Alice. Eu era Naira. E Naira era eu.
A floresta me reconhecia. Os lobos me seguiam com reverência. Até os anciãos abaixavam a cabeça ao me ver passar.
Mas dentro de mim, havia uma chama acesa que não se apagava: o desejo.
O toque de Marco ainda queimava na minha pele. E o olhar de Rafael me despia mesmo quando eu estava coberta. Ambos me queriam. Ambos me amavam. Mas agora, eu já não era a mesma mulher dividida entre dois mundos. Era a ponte entre eles.
Foi Marco quem me encontrou primeiro naquela manhã, ao pé da montanha do leste.
— Alice... — sussurrou, como se meu nome fosse um feitiço que ele tivesse medo de quebrar.
Eu me virei par