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🌓 Capítulo 118

Ecos de Sangue na Floresta

O sol ainda nĂŁo havia nascido quando saĂ­ para a varanda da mansĂŁo. O vento frio da madrugada percorria minha pele, arrepiando cada centĂ­metro de mim, como se a floresta inteira estivesse tentando me avisar de algo. O sonho ainda queimava em minha mente, nĂ­tido demais para ser descartado como ilusĂŁo: olhos vermelhos, uivos distorcidos, e aquela voz feminina, cruel, que prometia sangue.

AtrĂĄs de mim, ouvi passos pesados. Marco. Seu cheiro quente de madeira queimada e terra molhada chegou antes de suas mĂŁos fortes pousarem em minha cintura. Por um instante, fechei os olhos, deixando-me envolver pelo calor dele.

— VocĂȘ nĂŁo dormiu — disse, sua voz rouca ainda marcada pela noite anterior.

— Dormi o suficiente para sonhar. — Respondi, apoiando minhas mãos sobre as dele. — E não foi um sonho bom.

Ele me virou de frente, suas sobrancelhas franzidas, os olhos escuros como tempestade. — Me diga.

Respirei fundo. — Havia algo na floresta, Marco. Algo alĂ©m de nĂłs. TrĂȘs lo
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