Kael pegou o copo e o pão fumegante, sentindo o calor e o aroma do leite com café, que, apesar da raiva de Cássia, era um bálsamo para sua ressaca. Ele deu um gole, e a falta de açúcar despertou seus sentidos. Enquanto ela se movia pelo pequeno espaço, limpando a louça e reorganizando as poucas coisas que haviam sobrado intactas, Cássia continuou.
— Você está hospedado onde, afinal? Pelo seu jeito, veio turistar.
Kael engasgou. A pergunta o pegou de surpresa. Como mentir para ela, depois de tudo? Como dizer que ele estava dormindo no chão de seu quiosque? O orgulho, mesmo machucado, ainda o impedia de revelar a verdade completa.
— Eu… eu estou procurando um lugar. Um lugar bem barato para ficar. — Ele balbuciou, com a voz soando forçada até para si mesmo.
Cássia parou de arrumar a louça e o encarou, com as sobrancelhas arqueadas em ceticismo. A mentira dele era óbvia, mas ela não pressionou. Apenas balançou a cabeça, com um sorriso amargo nos lábios.
— Procurando lugar… Sei. — Ela vol