Ela sorriu pensativa e se afastou.
— Uhum. Vai indo deitar. Eu já vou.
Ele foi para o quarto dela, tirando a camiseta no caminho. Ao entrar, tirou os tênis e a calça. Natan começou a olhar a penteadeira de Laleska, reparando na qualidade dos produtos, tudo barato, com fragrâncias doces, bastante joviais.
Ele abriu uma gaveta e encontrou um caderninho pequeno. Começou a folheá-lo e viu anotações de contas e listas de metas. De repente, as páginas mudaram para algo que parecia um diário, cheio de desabafos.
Lendo rapidamente, Natan percebeu que Laleska era muito deprimida, solitária e revoltada.
Ele viu muito de si nela, sentimentos de quando era mais jovem. Laleska disse que já estava indo, e ele guardou o caderno às pressas, ficando sério e desconcertado. Foi para a cama, e Laleska entrou no quarto, apagando a luz e colocando o celular para carregar.
— Já sabe quando vai embora? — ela perguntou.
Ele respondeu, sério e pensativo.
— Não exatamente.
Ela se aproximou, deitou e o abraçou,