Natan começou a rir, adorando a afronta. Ela se afastou, subiu no ônibus e ele, rindo, pediu que o motorista seguisse o veículo a uma distância segura. Viu Laleska descer na praia, ir a um quiosque e começar a conversar, rindo simpática.

Natan desceu do carro e se aproximou, encostando-se ao lado dela. Pediu um cardápio e falou em voz baixa:

— Se o inferno for gostoso assim, é pra lá que eu quero ir, morena.

Laleska o olhou seriamente, de cima a baixo, reparando na qualidade das roupas e na boa aparência.

— Você não é daqui, né, seu babaca? Ninguém aqui gosta de gente como você.

Ele riu, sem desviar o olhar do cardápio.

— Posso te pagar uma bebida? Uma cerveja gelada? Ou quem sabe uma porçãozinha?

Ele notou que ela não usava aliança e continuou:

— É muito feio julgar o livro pela capa, sabia?

Laleska revirou os olhos com impaciência, a irritação visível em seu rosto.

— Olha, eu não estou interessada em nada que você tenha a oferecer. Nenhuma proposta. — A voz dela era firme e carreg