Kalel estava na sala, sentado na beirada do sofá surrado, já vestido. Ele estava distraído, talvez pensando na virada inesperada de sua vida, quando o aroma de Cássia o atingiu. Ergueu os olhos e a viu passar pelo corredor estreito, sua silhueta feminina emoldurada pela luz fraca.
Cássia não desviou o olhar. Seus olhos encontraram os dele, e um sorriso malicioso se espalhou por seus lábios rosados. Ela sabia o efeito que causava.
— O jantar ainda vai demorar. — Cássia disse, com a voz baixa e sedutora, um convite implícito em cada palavra.
Ela fez uma pausa, o sorriso se aprofundando, e seus olhos fixaram-se nos dele com uma intensidade que o fez prender a respiração.
— Ainda quer se embebedar de mim?
Kalel, com as palavras de Cássia ainda flutuando em sua mente e o perfume de seu corpo enchendo o ar, não hesitou. Ele se levantou do sofá de imediato, quase tropeçando em sua própria excitação. Em sua mão, o pacote de camisinhas parecia queimar, um símbolo de sua intenção descarada.
Cás