Capítulo 11

Kael, que estava ouvindo tudo em silêncio, sentiu um calafrio percorrer seu corpo. Ele era um desses "ricos esnobes". Havia se beneficiado de todo aquele sistema do qual ela tanto reclamava. A revelação dela, a franqueza em sua dor, o atingiu em cheio, fazendo com que sua própria "farsa" de turista despojado pesasse ainda mais. Ele percebeu, com uma clareza dolorosa, que estava testemunhando a realidade de uma vida que ele, em seu privilégio, jamais poderia ter imaginado. E soube que ela não iria gostar de saber a verdade, de modo algum.

Enquanto caminhavam, a conversa de Cássia pintava um quadro vívido de sua vida. Kael ouvia, cada palavra dela aprofundando o contraste entre seus mundos. De repente, uma luz forte vinda de uma pequena loja na esquina chamou sua atenção. Era uma farmácia simples, um dos poucos estabelecimentos da vila.

— Espera um pouco, Cássia. — Ele disse, parando abruptamente.

Ele passou a rua, entrou na farmácia, com o cheiro de medicamentos e produtos de higiene o
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