Katerina Martin é uma jovem ambiciosa que conquistou seu lugar na Carter Corp, uma das empresas mais poderosas da indústria. Como funcionária do departamento de responsabilidade social, ela tem a carreira ótima, mas sua vida vira de cabeça para baixo quando conhece Ryan Carter, o imbatível e misterioso CEO da empresa. Com um temperamento forte e uma presença avassaladora, Ryan desafiará Katerina de maneiras que ela jamais imaginou. Em um jogo onde o poder e a paixão se entrelaçam, Katerina precisará aprender a arte de domar esse CEO indomável, sem perder sua essência e sem se deixar consumir pelos riscos dessa relação. Mas, como ela descobrirá, até mesmo os corações mais implacáveis podem ter segredos, e o amor pode ser o jogo mais arriscado de todos.
Ler maisO tempo passou voando. Já são onze e meia, e a festa do escritório chegou ao fim. A música já parou, as conversas começam a murchar, mas eu ainda não estou pronta para que a noite termine. Guardo meu celular de volta no bolso e me viro para Lisa, que me observa com aquele brilho malicioso nos olhos, quase como se estivesse esperando por uma desculpa para continuar a diversão.
— Você está pronta para a parte dois dessa noite louca? — Ela pergunta, o sorriso já denunciando que tem algo ótimo em mente. — Eu nasci pronta! Eu poderia festejar a noite toda... bem, mais ou menos. — Respondo, tentando esconder o cansaço que começa a surgir, mas sem querer perder o ritmo. — Essa é a atitude! Mas vamos ser sensatas, né? Temos trabalho amanhã, lembra? — Ela dá uma olhada rápida ao redor, como se estivesse conferindo se a diversão ainda está nos eixos. — E cadê o Matt? — Vocês não vão embora sem o melhor do grupo, né? — Matt aparece no final do corredor, com um sorriso convencido nos lábios. Falando no diabo! — Para onde vamos então? — Pergunto, curiosa, já antecipando a diversão. — Em algum lugar onde possamos dançar até o amanhecer! — Responde Lisa, com entusiasmo. — Starlite, claro! Já faz um tempo desde a última vez que fomos lá, não? — Eu adoraria. Mas só se a música for boa! — Falo, já me imaginando dançando sem parar. — Toda vez que vou, nunca me decepciono. E posso garantir, os homens do Starlite são um espetáculo! — Ela diz, com um brilho nos olhos. — Desculpe, mas eu discordo. Nenhum desses caras é tão gostoso quanto eu. — Matt solta, com uma confiança de fazer inveja. Lisa, sem pensar duas vezes, dá um soco amigável no ombro dele. — Atrás desse rostinho angelical, tem um verdadeiro furacão. — Ela ri, e a gente sabe que ela está certa. Matt nunca perde uma oportunidade de ser o centro das atenções. Quando aceitei o cargo de assistente de comunicação na Carter Corp, nem imaginava que a rotina de trabalho fosse se transformar em algo tão imprevisível e divertido. Trabalho ao lado de Matt Ortega, o designer gráfico mais irreverente que eu já conheci. Ele tem um talento nato para transformar até o dia mais comum em algo memorável, sempre soltando piadas ou comentários hilários que conseguem fazer qualquer ambiente parecer mais leve. E não posso esquecer da Lisa Parker. Nossa recepcionista. Com seus cabelos loiros brilhantes e olhos azuis, ela poderia facilmente ser confundida com a típica loira burra, mas quem a conhece sabe o quão longe ela está disso. Lisa é uma verdadeira força da natureza. Lisa pega sua bolsa atrás da recepção, mexendo nas coisas com pressa. Droga, onde está a minha? — Espere! Deixei minha bolsa lá em cima! Tenho que ir buscar. — Digo, falando rápido enquanto me viro para correr até o elevador. — Bem, isso é uma novidade, hein? Vai lá, a gente te espera. Isso nos dá tempo para chamar o táxi. — Matt responde com aquele tom calmo, quase como se não houvesse nada mais urgente do que esperar por mim. — Mas seja rápida. Príncipes tendem a desaparecer à meia-noite e eu realmente não quero perder o meu. — Lisa brinca, seu sorriso travesso brilhando à luz baixa do hall. Ela parece realmente se divertir com a ideia de me deixar para trás. — Vai ter que se contentar com um sapo, então! — Matt solta, tirando sarro. Seu humor sempre é afiado, e nesse momento, ele é mais engraçado do que provocador. Eu rio de volta enquanto dou passos rápidos para o elevador, ansiosa para recuperar minha bolsa. Quando espero o elevador que começa a subir do estacionamento, pego meu celular para dar uma olhada rápida no meu blog de culinária. Eu sou uma influenciadora... do meu jeito. Gosto de deixar as pessoas conhecerem minhas melhores receitas e parece que a comunidade que me segue adora tudo que compartilho! As portas do elevador se abrem, e eu entro, surpresa ao encontrar um homem de costas já lá dentro. Sem perder o ritmo, deslizo para a parte de trás, focada na tela do meu celular enquanto continuo lendo os comentários. Estou no modo piloto automático, digitando sem realmente pensar. Aperto o botão do 42º andar e, ao olhar para o painel, noto que o botão do 50º andar também está aceso. As portas se fecham com um suspiro metálico, e o elevador começa a subir lentamente. Tento manter a concentração para responder ao próximo comentário, mas a presença do homem ao meu lado começa a me incomodar. Algo no ar parece diferente. O espaço apertado entre nós torna tudo um pouco mais desconfortável. Enquanto continuo digitando, meus pensamentos se afastam das palavras. O cheiro dele é... impossível de ignorar. É um perfume marcante, envolvente, e de alguma forma, me sinto um pouco desorientada. Com um olhar de soslaio, noto que o homem ao meu lado veste um terno impecável, feito sob medida. O corte ajustado realça sua postura firme, exalando poder e sofisticação. Mas algo me chama a atenção... Eu nunca o vi por aqui. Ele selecionou o último andar. O setor dos executivos. Será que trabalha diretamente com o CEO? — Boa noite, senhorita. A voz dele me surpreende. Não é fria ou indiferente como eu esperava. Pelo contrário, tem um tom quente e envolvente, com uma suavidade que desliza pelos meus sentidos. Um arrepio involuntário percorre minha espinha, e meus dedos apertam levemente o celular. Tento manter a compostura, mas sinto um sorriso se formando em meus lábios antes mesmo de perceber. — Boa noite, senhor. — Esqueceu alguma coisa no escritório? — Sim! A festa foi tão animada que saí sem pegar minhas coisas. — Respondo, lançando um olhar rápido para seu corpo. — Entendo. Parece que não fui o único. Não respondo mais nada e finjo me concentrar na tela do celular. Subitamente, uma nova onda da fragrância dele me atinge, dessa vez mais intensa. É viciante. Um aroma amadeirado, com um toque de algo sofisticado, como couro e especiarias. E minha mente é invadida por pensamentos nada apropriados. Preciso olhar para ele. Só um pouquinho. Levanto o olhar para seu corpo com discrição. Seu porte é atlético, ombros largos e uma presença marcante. Ele parece feito para ocupar espaço, para ser notado. Mordo levemente o lábio inferior, tentando conter o sorriso que ameaça escapar. Não é o momento nem o lugar para me distrair com um completo estranho. De repente, um zumbido estranho ecoa pela cabine, seguido por um estalo seco. As luzes piscam e, num instante, tudo se apaga. O elevador dá um solavanco brusco, me fazendo perder o equilíbrio. — Ah! — Um grito abafado escapa dos meus lábios enquanto meus pés tropeçam no chão instável. Meu celular escorrega da minha mão e cai com um baque surdo. No mesmo instante, minhas mãos disparam para frente, tentando agarrar qualquer coisa que me impeça de cair. E qualquer coisa acaba sendo... ele.OK. Respira fundo. Olhe para mim com essa roupa de neoprene, pronta para pilotar um jet ski. Tudo certo! Eu estou nas nuvens. Adoro isso!Me sinto uma super-heroína prestes a entrar em ação, no comando da minha nave pessoal, pronta para enfrentar qualquer missão. Katerina chegou, e o mundo que se prepare! Lara Croft? Pode muito bem pendurar as chuteiras, porque hoje sou eu a poderosa da vez.Ok, eu sei. Estou viajando.A água está calma, espelhando o céu em tons suaves de azul. Meu jet ski flutua como um animal adormecido, esperando meu comando. Só falta o Ryan se juntar a mim. Mal posso esperar para acelerar, sentir o vento chicoteando meu rosto, os respingos salgados no corpo e aquela sensação de liberdade crua, quase como voar sobre as ondas.Ele surge caminhando pela água, empurrando o próprio jet com firmeza. A maré bate na cintura, e cada músculo do tronco bronzeado se contrai com o esforço. É uma visão quase... criminosa. E minha mente, claro, vai direto para pensamentos nada a
Uma luz suave toca minhas pálpebras. O sol já atravessa a porta de vidro, e seus raios aquecem o quarto como um abraço morno. Uma voz acalentadora, agora bem familiar, interrompe meu pequeno ritual matutino.— Dormiu bem?— Sim…Ryan se deita na beira da cama, ao meu lado, apoiando a cabeça com uma das mãos. Ele sorri. Não há imagem mais perfeita ao acordar do que a que tenho diante de mim. Os primeiros minutos do dia ganham uma magia especial com aquele olhar preguiçoso e encantador. Eu me pergunto como ele consegue ser tão magnífico logo cedo!Com minha voz rouca, os cabelos bagunçados e o hálito matinal, pareço uma coitada ao lado dele. Enquanto isso, meu coração já embarca numa montanha-russa só de vê-lo ali, tão perto, tão real.Me aproximo rapidamente e roubo um beijo em sua bochecha. Ele está cheiroso. Sua pele quente tem o gosto de sol e do paraíso, como se o dia tivesse sido criado só para aquele instante.— Tenho o direito de saber qual é a surpresa que tem para mim? — Faço
— Mesmo…? Se você queria um efeito gatinha molhada, era só ter pedido, seu malvado — provoco, com um sorriso maroto nos lábios.— Eu gosto tanto desse seu jeitinho rebelde. Você fica ainda mais atraente quando tenta me colocar no meu lugar — ele rebate, com aquela voz grave que arrepia minha pele.— Cuidado… Eu poderia te deixar na seca por um bom tempo — retruco, arqueando uma sobrancelha.— Hmm… Tem certeza disso…? — ele murmura, deslizando a mão lentamente pela minha cintura antes de me puxar para mais perto e beijar a curva do meu pescoço.Sem me dar tempo de resposta, ele captura meus lábios, salgados e frios, com os dele — quentes, doces e famintos. Sua língua dança ao redor da minha com uma provocação deliciosa, enquanto suas mãos exploram minha pele por baixo do tecido fino da minha camisa ensopada.Deslizo meus dedos por sua nuca, me apertando contra seu corpo. Sinto seus músculos tensos pressionando minhas curvas suaves. Seus toques tornam-se cada vez mais ousados, e mesmo c
Eu não sei mais se quero continuar com essa conversa.— Minha mãe sempre nos escondeu tudo, é claro... Ela queria que pensássemos que estava tudo bem. Sua prioridade sempre foi nos proteger. A mãe do meu pai acabou se sentindo culpada e convenceu o marido a acolher a mim e à Jenny. A decisão dela fez com que fosse muito repreendida por ele, e também pelas pessoas de seu círculo social… — Ele pausa, suspira. — No fim, ele cedeu. Afinal, tínhamos o sangue dele… E, apesar de tudo, a crueldade deles não chegou ao ponto de nos separar.A sensação é como ouvir uma daquelas histórias tristes que nossos pais contam enquanto estamos pequenos, quentinhos em seus braços.— Carinho, para eles, era uma coisa de outro mundo. E a Jenny ainda sofreu bem mais do que eu.Eu olho para as ondas, sentindo um aperto por dentro. Fico mal pela Jenny. Mas, mesmo assim, isso não justifica o modo como ela me tratou. O sofrimento não dá a ninguém o direito de descontar nos outros. E, além disso, ela nunca me deu
Já em casa, sinto minha mente agitada. “Pegar as coisas”, ele disse. Ok... mas quais coisas? O Ryan não me deu nenhuma dica. E, considerando o espaço reduzido do porta-malas daquele carro, levar meu guarda-roupa inteiro está fora de cogitação.— Vamos lá... foco no essencial — murmuro para mim mesma, enquanto caminho até o quarto.Mas antes que eu consiga começar, ouço um barulhinho familiar.A Candy se apoia nas duas patinhas dianteiras contra o vidro da gaiola e me observa com aqueles olhos redondos e atentos.— Minha pobre amiga... vou te deixar sozinha de novo, né? — pego-a delicadamente nas mãos e deposito um beijinho em sua cabecinha fofa. — Não se preocupe, bebê. Eu volto logo...Ou pelo menos… é o que espero.Encho seu potinho com ração suficiente para uma semana. Ela não pode passar fome, mesmo tendo algumas "reservas naturais" em seu corpinho fofo. Acrescento alguns biscoitinhos extras para o caso de ela querer variar à noite, e completo a garrafinha de água até a boca.Ao m
Depois da conversa com o Jake, passei a tarde inteira com a mente em outro lugar, mergulhada nesse turbilhão de acontecimentos. Cada detalhe parecia mais grave à medida que eu o repassava. Para piorar, não vi o Ryan o dia todo… Nenhum sinal, nenhuma mensagem. E isso só aumentava minha ansiedade.Eu preciso vê-lo. Preciso que ele entenda. Ele não pode simplesmente ignorar que está correndo um perigo real. Esses caras não parecem do tipo que fazem ameaças vazias, e o Jake confirmou isso com todas as letras.Respiro fundo, tentando acalmar os pensamentos.Vamos aos fatos: o Ryan não é o tipo de homem que se intimida com facilidade. Ele também não é de fugir dos próprios princípios. Ele enfrenta, encara, desafia.Mas então... o que fazer quando até ele parece subestimar o risco?Olho para a paisagem da cidade através da janela de minha sala. Os arranha-céus nova-iorquinos se estendem até onde a vista alcança, imponentes, indiferentes ao caos da minha cabeça. Observo como se esperasse que
Último capítulo