Entre o Frio e o Calor

Nicola saiu da sala com o coração leve, quase dançando entre as mesas.

Antes de atravessar a porta, ainda voltou-se para ele, sorrindo:

— Hoje mesmo eu vou comprar o material, senhor Luchero.

Em breve trago para o senhor ver como está ficando.

— Está bem — respondeu ele, tentando esconder o sorriso.

E, quando a porta se fechou, algo dentro de Luchero se abriu.

O ar parecia mais quente, o ambiente menos pesado.

Havia qualquer coisa naquela moça — algo simples, mas profundo — que aquecia o coração dele de uma forma que ele jamais imaginou sentir.

Enquanto ela seguia pelos corredores, leve como uma canção, ele permaneceu imóvel, olhando o reflexo da luz sobre a mesa e pensando em como a ternura, às vezes, nasce onde menos se espera.

Os dias começaram a correr.

E, a cada um deles, a frustração de Luchero com Chiara crescia um pouco mais.

A gravidez avançava — o ventre já bem visível