Quando Luchero entrou em sua sala naquela manhã, ficou imóvel por um instante.
O espaço — sempre tão sóbrio e impecável — estava tomado por sacolas, caixas e embrulhos enfeitados com fitas delicadas.
Uma explosão de cores suaves, tecidos de algodão e laços cor-de-rosa preenchia cada canto.
Por um momento, ele achou que fosse algum engano.
Mas, antes que pudesse perguntar, Nicola surgiu com o mesmo sorriso de sempre, trazendo nos braços mais um pequeno embrulho de tecido.
— Bom dia, senhor Luchero! — disse ela, animada, os olhos brilhando de alegria.
— Eu terminei tudo. Espero que o senhor goste.
Ele deu um passo à frente, tentando assimilar a cena.
Dentro das sacolas, havia tudo — um enxoval completo:
vestidinhos de tricô, fraldas bordadas, mantas delicadas, sapatinhos, babadores, almofadas, toalhas de banho e até bichinhos de pano.
Cada detalhe carregava o toque de Nicola.
Era como se ela tivesse colocado amo