O relógio marcava quase seis da tarde quando o som da campainha ecoou pela cobertura.Luchero, que acabava de chegar do escritório, trocou um olhar rápido com Nicola — que brincava com as gêmeas no tapete da sala.
O riso suave das meninas foi interrompido por batidas impacientes na porta.
A babá se apressou em abrir, e uma voz cortante invadiu o ambiente:— Boa tarde, quero ver minhas filhas, diz Chiara Vasilis sem ser convidada, entrando.
Alta, impecavelmente vestida num conjunto branco, salto agulha e óculos escuros, parecia mais preparada para uma sessão de fotos do que para uma visita materna. O perfume caro que usava tomou o ar — doce demais, sufocante.
Nicola se levantou com calma, ajeitando o vestido, enquanto as bebês a olhavam assustadas, as pequenas, antes risonhas, começaram a se encolher e chorar.
Chiara lançou um olhar rápido para Nicola e, ao ver as gêmeas nos braços dela, o veneno escorreu na voz:— Então é por isso que