A porta do escritório se abriu com força, sem sequer um aviso prévio. Chiara entrou determinada, o salto marcando o chão de mármore a cada passo, como se quisesse deixar clara sua presença imponente. Seu semblante frio e o olhar carregado de fúria denunciavam o motivo da visita: uma tempestade emocional prestes a eclodir. Luchero ergueu os olhos do computador, surpreso com a invasão. Seus pensamentos, inicialmente dispersos, foram rapidamente centralizados na figura de Chiara.
— Bom dia, Chiara.
— Não me venha com formalidades, Luchero — cortou ela apressadamente, a voz carregada de veneno. — Você não deveria ter feito o que fez.
Ele se levantou lentamente, contornando a mesa com calma, tentando manter a serenidade em meio ao turbilhão que se formava entre eles.
— Feito o quê? — perguntou, em tom neutro, como se tentasse desviar a situação do centro da tempestade.
— Ter tirado as nossas filhas de um lugar onde elas nunca seriam feliz