A noite caiu tranquila sobre Palermo, e a serenidade do momento parecia envolver a casa como um abraço caloroso. O quarto das gêmeas estava banhado por uma luz suave que dançava delicadamente nas paredes, enquanto o som melódico das respirações leves se misturava ao tique-taque constante do relógio na parede, criando um ritmo harmonioso.
Lucrécia observava suas netas dormindo, sentindo um calor acolhedor inundar seu coração, como se cada batida fosse um lembrete do amor incondicional que agora tinha a oportunidade de dar e receber. A cada olhar para aquelas pequenas mãos delicadas e rostos serenos, ela via o que Chiara havia perdido: a habilidade de amar sem medidas, de se entregar ao afeto sem amarras ou reservas. Isso a deixava ainda mais determinada a proteger o que era tão puro e belo.
Luchero, encostado na porta com os braços cruzados e o olhar cansado, exalava uma paz inexplicável. Era como se, ao finalmente permitir-se abrir seu coração, ele encont