Era uma manhã fria e nebulosa quando Luchero entrou em seu escritório, sentindo o aroma do café fresco permeando o ambiente como um convite tentador para o início do dia. As nuvens pesadas fora da janela indicavam que uma tempestade se aproximava, um prenúncio paralelo ao turbilhão de emoções que ele enfrentava. Mal havia saboreado o primeiro gole da bebida quente, que dançava com notas de chocolate e caramelo, quando a porta se abriu abruptamente. Alberto Rinaldi, o pai de Chiara, fez uma entrada quase dramática, sua expressão carregando a tensão e o desapontamento acumulados ao longo do tempo, como se cada segundo desde sua última visita tivesse sido uma eternidade dolorosa.
— Bom dia, Luchero. — A voz de Alberto ecoou grave e dura, revelando a preocupação de um pai que sentia ter perdido o controle da situação. Em seu olhar, havia uma chama de desespero, uma mistura de frustração e indignação que lhe permitia quase palpitar no ar pesado entre eles. — Você pode