VICTOR
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Quando a noite chegou, eu olhei o celular e haviam outras mensagens da Brenda.
— Vai continuar me ignorando? Mesmo sabendo da sua responsabilidade?
Eu comi um lanche rápido, me arrumei e fui até o nosso apartamento sem avisar. Eu estava contando com a possibilidade dela estar trabalhando.
Quando eu cheguei, havia um carro na garagem, e eu nunca havia visto aquele carro antes.
Eu usei as minhas chaves para entrar no apartamento bem devagar, na sala havia duas taças de vinhos, uma com batom, e a outra sem.
Ver aquilo fez o meu coração acelerar, eu sabia exatamente o que aquilo significava.
Tirei os sapatos, e caminhei lentamente até o nosso quarto, sem fazer barulho, mas do corredor já dava para ouvir os gemidos da Brenda.
— Ah, mete mais forte, ah, isso, me come gostoso.
Os grunhidos de um homem que não era eu, me fez paralisar no meio do corredor, eu senti a minha garganta seca, minha respiração pesada, e o ódio tomar conta de mim.
— Puta gostosa.
Aque