Zoe, é uma garota prestes a completar 18 anos, que passou toda a adolescência reclusa em casa, sem escola, sem amigos, sem garotos... Seus pais não queriam que ela tivesse distrações, então ela sempre estudou em casa. Com a aproximação do vestibular, seus pais decidiram contratar um professor pra prepará-la, eles tinham o desejo que ela se formasse em medicina, mas Zoe não imaginava que o professor que seus pais contrataram fosse tão lindo, tão absurdamente sedutor e CASADO. Victor arrancará suspiros de Zoe, explicará toda a anatomia humana em seu próprio corpo, até chegar no meio de suas pernas. Zoe conhecerá o que é ser tocada por alguém pela primeira vez.
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* Dinheiro nunca foi um problema pra minha família, exceto pra mim, afinal os meus pais usavam o dinheiro pra me impedir de ter uma vida normal. Eu sempre soube que filhos precisavam de limites, porém os limites que eles estabeleceram pra mim era um verdadeiro tormento. Eu sempre fiquei me perguntando como surgiu a ideia na cabeça da minha mãe que meninas precisavam fazer balé? Ela usava a desculpa de que era elegante e que me ajudaria com a minha postura, mas postura era tudo o que eu não queria ter. Ir pra escola? Jamais... Na cabeça dos meus pais, as más influências poderiam prejudicar o meu futuro, então durante toda a minha vida, eu estudei em casa. Eu sentia inveja ao ver garotas da minha idade felizes indo estudar com as amigas. Quando eu estava no último ano do ensino médio, meu pai começou a procurar professores pra me preparar pra entrar nas universidades, eu queria fazer artes, mas ele disse que medicina seria o ideal pra mim, e por isso eu teria que estudar várias horas por dia. Ouvir aquilo fez mais uma vez o meu coração sangrar como tantas outras vezes que eu não tive o poder de escolha. Eu me lembro daquela manhã como se fosse ontem, as batidas na porta já anunciavam que finalmente haviam encontrado o professor ideal. — Acorde Zoe, você tem apenas quinze minutos pra ficar pronta, nós e o seu novo professor estamos aguardando você no jardim. Eu queria poder gritar e dizer que não queria nenhum professor e que a minha vontade era de ter um ano sabático, que eu estava cansada de estudar, e que precisava de um enorme tempo de descanso, mas eu não tinha coragem de destruir a visão de filha "Perfeita" que eles tinham de mim, então eu obedeci. Depois de fazer a minha higiene pessoal, eu fui escolher uma roupa adequada pra ocasião. — Ho céus, esses vestidos são extremamente desproporcionais, porque não me deixam usar um vestido simples? Resmunguei ao escolher um vestido azul claro, com mangas transparentes, mas ao colocá-lo, percebi que ele estava bem mais apertado, revelando minhas curvas, notei também que os meus seios haviam crescido, pois o decote ficou um pouco chamativo. Eu olhei no espelho e gostei do que vi, na verdade aquela era a primeira vez em que eu me sentia com um pouco de poder feminino. — Eu cresci o suficiente pros garotos me olharem na rua. Falei com uma certa felicidade na voz, afinal eu estava praticamente com o corpo de uma mulher. Eu deixei os meus cabelos soltos, e passei um gloss labial nos lábios, além de leves batidas de blush nas maçãs do meu rosto pra dar um pouco de cor, e finalizei com um delineado nos olhos. — Nossa, eu estou muito linda! Falei pra mim mesma ao me deparar com aquela nova realidade. Depois de pronta, eu ouvi novamente as batidas na porta. — Zoe, não há mais tempo, saia já desse quarto. — Calma mamãe, eu já estou pronta. Falei ao abrir. A minha mãe me olhou dos pés à cabeça e deu um sorriso genuíno. — Você está linda minha filha, se tivesse idade adequada, já teria vários pretendentes. Naquele momento eu imaginei como seria a minha vida se pelo menos eu tivesse um namorado, mas na cabeça dos meus pais, isso só iria atrasar a minha vida. Nós duas fomos caminhando até o jardim, e mesmo com uma certa distância, eu vi um homem de costas, mas com um corpo aparentemente jovem. Ao nos aproximar, ele olhou pra trás, e os meus pés paralisaram no mesmo momento, fazendo com que a minha mãe me olhasse buscando o motivo por eu ter parado de andar. — O que houve Zoe? Algum problema? Como eu poderia falar pra minha mãe que nem nos meus melhores sonhos eu havia visto um homem tão lindo quanto aquele? Ele parecia ter uns 29 anos, cabelos castanhos, e olhos tão verdes que pareciam um oceano. — Zoe? Minha mãe voltou a chamar a minha atenção e eu obriguei a mim mesma a reagir. — Desculpe mamãe, eu não sei o que aconteceu comigo. Apesar do olhar desconfiado da minha mãe, eu tentei recuperar a minha postura. — Bom dia. Falei ao ficar frente a frente com aquele homem que parecia ter sido desenhado à mão. — Bom dia. Zoe, não é isso? Ele perguntou com a voz grave que fez cada parte do meu corpo arrepiar. — Sim. Tentei responder com firmeza, mas o meu coração estava batendo de forma tão descompassada, que achei que iria desmaiar na frente dele. — Zoe, esse é o Victor, seu novo professor particular, ele irá ensiná-la todo o conteúdo necessário pra entrar nas melhores universidades do país, você terá aulas todos os dias com ele na biblioteca. — Sozinhos? Eu não sei que merda eu tinha na cabeça, mas naquele momento eu queria enfiá-la em algum buraco, afinal porque raios aquela pergunta idiota havia saído da minha boca? Eu não pude deixar de notar um sorriso presunçoso vindo do professor, e eu fiquei me perguntando no que ele pensou. — Digo, sozinhos sem a ajuda de outros professores? Falei tentando consertar, mas eu acabei deixando a situação ainda mais divertida pra ele que não aguentou e riu alto. — Eu sou um professor com múltiplos conhecimentos Zoe, não é necessário outros professores. Ele respondeu enquanto me encarava com um olhar enigmático. — Zoe, ele foi muito bem recomendado, então espero que você consiga absorver tudo o que ele tem a ensinar. O meu pai disse e eu apenas concordei com a cabeça, porém o meu pai não poderia nem imaginar tudo aquilo que eu imaginei aquele professor fazendo comigo...ZOE*Eu mal consegui prestar atenção nas aulas seguintes. As palavras dos professores se misturavam em um zumbido distante, e as horas pareciam não passar. Tudo o que ocupava meu pensamento era a possibilidade de reencontrar o Victor. Eu tentava imaginar sua expressão, seu toque, até mesmo o tom de voz com que ele poderia me receber. Havia medo dentro de mim, mas também havia uma chama de coragem que queimava alto, me dizendo que eu não poderia perder essa chance.Quando o último horário terminou, fiquei parada por alguns instantes no corredor, sem saber para onde ir. Eu poderia simplesmente voltar para o meu apartamento e fingir que nada estava acontecendo, mas não dava para cometer esse erro. Ele já tinha escolhido o silêncio, a fuga, e só o que colhi foi dor e arrependimento. Não. Dessa vez seria diferente. Dessa vez, nós merecíamos um reencontro à altura daquilo que havíamos vivido.O estacionamento da universidade ficava em frente a um ponto de táxi. Eu atravessei a rua com o co
VICTOR *Ver a Zoe se aproximando no final da aula, fez o meu corpo inteiro reagir. A minha vontade era de abraçá-la e nunca mais soltá-la.Ela ficou frente a frente comigo, com o rosto tão perto do meu, os lábios dela estavam ali, à minha disposição e tudo o que eu precisava fazer era beijá-la, mas eu senti uma necessidade enorme de falar que menti. Aquilo havia me consumido de uma forma dolorosa por meses. Tudo o que eu queria dizer era que eu a amava, mas ela já sabia...De alguma forma, ela sabia que eu havia mentido.O nosso tempo acabou, os alunos começaram a chegar, e ela finalizou aquele momento com uma única frase que daria um rumo diferente a nossa história... Eu queria fugir? A resposta era clara como a luz. Não, eu não queria fugir. Eu nunca mais fugiria daquele amor que havia atravessado o tempo, a distância e que havia encontrado uma forma de me reencontrar. A Zoe era pra mim, e eu era pra Zoe. Não restava mais dúvidas.Eu saí da sala, e a olhei. Mas o meu olhar não foi
Minha mãe já tinha organizado tudo sobre a minha moradia na França, então eu já cheguei com um teto reservado para mim, o apartamento era lindo, ficava apenas a 5 minutos da universidade, e próximo de tudo, cafés, mercados, farmácias. A empolgação era gigante, eu ainda não sabia como eu iria me virar em um país completamente desconhecido, mas, eu sabia que era questão de tempo até eu me adaptar.Enquanto organizava minhas coisas, eu pensei no Victor, fazia um mês que eu já não chorava por ele, mas eu sabia que devia aquela realização a ele. Ele tocou em partes do coração da minha mãe que eu mesma não cheguei a tocar, e conseguiu abrir uma porta que a anos eu tentava abrir. Ele me deu um presente gigante a falar sobre o meu sonho pra ela.— Como eu queria que você estivesse vivenciando essa alegria comigo, Victor. Onde será que você está? Será que já encontrou um novo amor?Limpei as lágrimas que estavam caindo e revivi a mesma dor que passei meses tentando esquecer. Eu vinculei isso
ZOE*O meu pai realmente foi morar com a Brenda, e ela acabou abrindo a boca pra ele e eu sabia que teria que enfrentar outra confusão.Acordei no dia seguinte com várias ligações dele, e eu no fundo sabia o que ele queria.Prefiri tomar um banho, lanchar e depois lidar com aquilo de forma madura.— Bom dia, mamãe.Falei ao entrar na cozinha, o rosto dela estava inchado, e eu sabia que ela levaria bastante tempo para se recuperar. Eu também não tive uma noite legal, eu também estava com o rosto inchado, mas a dor dela parecia muito maior que a minha.— Bom dia filha.— Você sabe que foi melhor assim. Não sabe, mãe?— Eu sei Zoe, eu me recupero. Mas, e você?— E eu? Eu consigo sobreviver sem um pai.— Não estou falando disso. Estou falando do Victor.Aquilo me pegou de surpresa. Então ela já sabia de mim e do Victor? Como?— Não precisa ficar assustada, Zoe. A forma como ele defendeu seus sonhos, a forma como falou de você, deixou isso muito claro. — Mamãe, eu...— Olha, não vou regu
(SEIS MESES DEPOIS)...Seis meses se passaram desde que pisei pela primeira vez em solo francês. A cidade que antes parecia estranha e intimidadora agora já me era familiar. Consegui um emprego em uma das melhores universidades particulares da França, reconhecida por sua excelência acadêmica e pelo prestígio de seus professores. Minha função ali era perfeita para mim: professor de Humanidades e Artes Interdisciplinares. Eu lecionava filosofia, literatura, história da arte e fundamentos da estética, integrando múltiplas disciplinas para formar uma visão crítica e completa nos alunos.O semestre começava, e com ele, uma sala cheia de rostos novos, ansiosos, curiosos e, em alguns casos, já desafiadores. Eu respirava fundo, sentindo aquele frio na barriga típico de quem assume uma sala de aula pela primeira vez em um novo ciclo. Mas, por trás da calma que tentava manter, havia um peso silencioso no peito.Nos últimos seis meses, a saudade da Zoe se tornou uma presença constante. Às vezes
VICTOR *Durante todo o trajeto até o hotel, eu senti vontade de voltar até a Zoe e contar a verdade, que eu a amava, que fazer uma escolha naquele momento era difícil para mim por conta do nome que construí ao longo dos anos. O Luciano jamais permitiria que eu tivesse paz, se eu escolhesse lutar por ela. Que pai aceitaria com facilidade que o professor de sua filha tivesse um relacionamento amoroso com ela?Talvez ele colocasse alguém para me caçar quando descobrisse o meu envolvimento com ela. Eu não podia me envolver naquela confusão. A minha realidade não me permitia isso. Sumir, foi a única escolha que me restou naquele momento.Quando cheguei no hotel, as pessoas olhavam pra mim com pena, era raro um homem chorar, e eu tinha consciência que os meus olhos estavam muito vermelhos. Eu estava destruído, sentindo um enorme buraco no peito.Tomei um banho, depois de me vestir, peguei os papéis do divórcio, li e assinei tudo o que faltava assinar.Liguei para o advogado e avisei que
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