O DONO DO OCEANO

A porta da suíte presidencial — a única que não constava no catálogo dos clientes — se fechou atrás de Nathaniel com um clique suave, um som quase inaudível, mas que parecia ressoar no silêncio tenso do ambiente luxuoso.

—Ninguém entrava aqui sem autorização, e os poucos que tinham esse privilégio tinham suas identidades cuidadosamente monitoradas.

—Ali, no interior daquela suíte opulenta, ele encontrava um refúgio temporário, uma fortaleza onde os segredos do transatlântico se entrelaça à sua própria existência.

—Aqui, ninguém sabia quem ele realmente era; para todos, ele era apenas um funcionário, mascarado sob a fachada de um crachá falso que guardava.

— Retirou o crachá do bolso, como um prestidigitador tirando um truque da manga, e o colocou sobre a mesa de mármore negro, permitindo que um longo suspiro escapasse de seus lábios.

—Naquele instante, sua verdadeira postura emergiu por completo: — fria, alf