Mundo de ficçãoIniciar sessãoO ALMOÇO, O TELEFONEMA E O PRIMEIRO SINAL DE SEGREDO.
— O refeitório dos funcionários era como um barco em mar tranquilo, onde o som constante dos talheres ecoava como o ritmo de um metrônomo, enquanto o murmúrio distante dos motores das embarcações no cais se assemelhava a um tambor suave ao fundo.— Fora, a calmaria do mar escutava as pequenas ondas que sussurrava segredos antigos à areia, criando um cenário quase poético. —Lara sentou-se à mesa de sempre, com sua bandeja que, apesar de repetitiva — arroz, salada, frango grelhado e o suco simples que serviam todos os dias —, oferecia uma sensação de familiaridade reconfortante, como um cobertor em um dia frio.— Tal como as rotinas que ela sabia que podia controlar, esse momento simples de refeição refletia uma paz que ela não experimentava há anos. Enquanto misturava lentamente os alimentos no prato, admirava pela janela a vista do horizonte, onde o céu azul e o mar se encontravam, como dois amigos






