Após a aula de dança nos separamos. Enquanto Bete e Marta vão tomar um drink com os paqueras, eu vou procurar pela livraria que vi no catálogo de lojas do navio.
Eu ainda estou abalada pelo que aconteceu na aula de dança. Ainda sinto o perfume e o toque de Park em minha pele. Fecho os olhos por um instante e suspiro. Eu preciso tomar vergonha na cara, não sou mais uma adolescente sonhadora.
Cai na real, Márcia. Você não é a Alice e não está no país das maravilhas. Talvez ele seja só um cara gentil. Ou talvez ele seja um galinha que dá em cima de todas as passageiras do navio. É isso. Ele é um coreano safadão. Ai, não quero pensar mais nisso. Que tortura!
Opa! Encontrei a livraria!
Sou recebida por uma vendedora sorridente.
— Em que posso ajudá-la?
Percebo um sotaque americano na vendedora.
— Eu preciso de um romance açucarado. Um que me deixe sem fôlego. — E que me distraia de pensar o tempo todo no capitão Park.
Ela inclina a cabeça de lado e pisca para mim.
— Sei exatamente do que a